domingo, 24 de agosto de 2008

Vida franzina





















Assim como Cabral de Melo Neto
e sua vida severina
Eu, filha mulher e amiga
e minha vida tão franzina

Assim como Cabral descobriu no seu relógio
o pássaro operário
Eu, na minha vida de estudante
descobri um mundo errante

Mas a gente segue o labirinto
Onde há tantos outros pássaros sem canto
De tudo, a única certeza que temos
é a cruz no fim do túnel,
do túmulo.

Um comentário:

Gabriela Goulart disse...

Outra vez a morte acaba como sua musa, não é, lu?

Compreensível...nossa única certeza, permanecendo algo entre as mais incertas realidades que encaramos e encararemos!

Ótima poesia esta também, amiga!!!